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Casamento coletivo LGBT – Vai ocorrer o primeiro em Pernambuco

Depois da eleição de Jair Bolsonaro a comunidade LGBT acabou por se unir ainda mais. E, um dos principais pontos a retratar essa união é o primeiro casamento coletivo LGBT que vai ocorrer em Pernambuco.

O mesmo vai ser organizado por um mutirão, ou seja, uma rede de voluntários que se uniram de modo a poder concretizar o sonho de 100 casais.

O melhor de tudo é que esta rede de voluntariado, atua de forma 100% gratuita, baseando o seu apoio na ajuda mútua prestada por todos.

O casamento irá ser realizado tendo por base a ajuda de diversas associações, e em parceria com a Defensoria Pública de Pernambuco.

Casamento coletivo LGBT – o primeiro evento deste género organizado por um mutirão

Casamento coletivo LGBT - Vai ocorrer o primeiro em Pernambuco

O casamento coletivo LGBT deve ocorrer até ao final do ano.

A preparação da cerimónia está a ser realizada com o apoio de diversos voluntários, que se disponibilizaram a organizar todo o casamento de forma totalmente gratuita.

Um dos casais que vai participar neste casamento coletivo LGBT é Vitória Leão e o tatuador transexual Pierre Garret que viu o seu nome ser retificado judicialmente.

O mutirão começou nos dias 7 e 8 de novembro onde mais de 100 casais pertencentes à comunidade LGBT de Pernambuco se juntaram para solicitar a emissão de ofícios que concedem gratuidade ao procedimento no cartório.

A grande maioria destes casais vai optar por dar o nó de forma a garantir a sua segurança, e esperam que mais casais o façam.

De acordo com os dados prestados pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais, e que reúne todos os dados dos cartórios do Brasil, o número de casamentos LGBT em Pernambuco subiu cerca de 97% comparativamente a 2017.

Porque é que houve este aumento no registo de casamentos?

Outros casais entrevistados indicam que o cenário poderá mudar no futuro. Por isso, é que estão tantos casais a preparar o casamento coletivo LGBT.

O maior receio desta comunidade é que o direito ao casamento seja retirado por causa do resultado das eleições.

Jair Bolsonaro é sem qualquer sombra de dúvida um presidente antigay, logo não seria assim tão improvável que houvesse algum tipo de lei a proibir o casamento entre a comunidade LGBT.

Este medo é um pouco patológico e são milhares os casais LGBT que o sentem. Isso foi percebido pelas associações Mães pela Diversidade e Espaço Acolher, que oferecem acolhimento psicológico e atendimento jurídico à população LGBT desde abril de 2018.

Por esse motivo, resolveram unir esforços e organizar este casamento coletivo LGBT. Ambas as associações garantem que a população GBT no Estado vive assustada e angustiada, e esperam que este gesto ajude a minimizar esta situação.

Até agora a grande maioria dos casais já tem maquiador, fotografo e o local para o ensaio. Por aqui, só nos resta desejar felicidades a todos os casais que vão dar o nó neste casamento coletivo LGBT.

Acerca Maria

Um comentário

  1. Observador

    Não digo que o casamento poderá deixar de existir, entre homossexuais, numa remota reeleição de Bolsonaro, mas ele já não oferece aquela segurança na velhice e na viuvez! Melhor uma parceria econômica: adquirindo casa juntos, por exemplo. E na eventual viuvez, a pensão é pela metade e a depender da idade e tempo de união estável, transitória e diminuindo bem a renda familiar que o casal tinha! Melhor é viver felizes e bem vividos os dias de casados!

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