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Como ser transgénero numa sociedade fechada

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De todas as formas que o LGBT assume, o transgénero é certamente a mais criticada de sempre. Apesar das mulheres lésbicas e dos homens gays também sofrerem bastante com a discriminação da sociedade portuguesa, ainda não se compara à discriminação que um transgénero sofre.

Por transgénero normalmente incluí-se as mulheres transexuais, homens transexuais, travestis, crossdressers, drag queens ou transformistas. Qualquer forma de liberdade de identidade deveria ser aceite pela nossa sociedade, como a simples vontade da própria pessoa, infelizmente não o é.

Um transexual é, infelizmente, sempre mal visto pela sociedade, principalmente os que não têm receios e exibem-se publicamente, os drag queens/transformistas.

Defina os seus valores

Em primeiro lugar, deve definir os seus valores nesta situação, ou seja, prefere identificar-se e sofrer as consequências (neste caso a discriminação injusta), ou prefere ocultar quem realmente é, ser aceite, mas nunca ser verdadeiramente feliz? Esta pergunta não é fácil e pode ser colocada a qualquer membro LGBT e não apenas a transgéneros. Antes de a responder, avalie bem o ambiente onde se encontra e recorde-se que esta resposta nunca é definitiva e deverá ajustá-la de acordo com as necessidades.

Ambas as respostas a esta pergunta são válidas, pois se devemos sempre estar orgulhosos de quem somos, também não necessitamos de viver uma vida de angústia. Trata-se de fazer o que for melhor para nós em determinada altura.

Mesmo que opte por esconder a sua verdadeira identidade perante a maior parte das pessoas, lembre-se que terá sempre os seus amigos ao seu lado.

Não fique sozinho – Comunidades transgéneros

Se não conhece ninguém com quem possa conversar abertamente, está na altura de procurar uma comunidade de transgéneros. Se é um homem ou mulher muito tímido e que não tem por hábito conhecer novas pessoas, tem que fazer um esforço e entrar um pouco na vida social habitual dos transgéneros. Desta forma ficará a conhecer mais pessoas parecidas consigo, terá mais facilidade em identificar-se com alguém da nossa sociedade e quem sabe se não será mais um a casar?

Existem vários bares e discotecas LGBT onde poderá encontrar imensos transexuais e pessoas com uma mente aberta, membros da comunidade LGBT. Dê um passo em frente e integre-se nesta comunidade que certamente o receberá muito bem.

Procure apoio na comunidade LGBT

Infelizmente, por mais que tentemos podemos sempre ter alguns dissabores, seja a nível pessoal ou profissional.

Se foi alvo de discriminação em algum dos campo, por ser transexual, recorra à ILGA – Intervenção lésbica, gay, bissexual e transgénero – sediada no Centro LGBT, que certamente poderão auxiliar e informar da forma correta de ultrapassar essa situação. Aproveite as vantagens da comunidade LGBT.

Não deixe que as suas liberdades individuais lhe sejam vedadas!

Acerca Marta

3 comentários

  1. Anónimo

    Ora aí está… Transsexual é nada mais nada menos que uma perturbação da identidade do género, para quem não sabe, é uma pessoa nascer com corpo de mulher mas o cérebro é masculino (ou vice-versa). É alguem que não aceita o seu corpo, que é infeliz com o seu corpo, que todos os dias sofre por ser tratado de uma maneira e ser outra, que não aceita (no caso de mulher para homem) a forma como duas mulheres tem relações, que não gosta de ser tocado no seu corpo feminino se essa pessoa se sente um homem e vice-versa.
    Este tipo de perturbações não são diagnosticadas a toda a gente e muito menos se pode comparar a um travesti ou drag queen. MUITO ERRADO!!

  2. Paula Benvinda

    Olá. Qual é a diferença entre travestis, crossdressers e drag queens ou transformistas? Penso que entre os dois primeiros e os ultimos é que os travestis e os crossdressers gostam de se vestir com roupas do sexo oposto sempre enquanto os drag queens ou transformistas só o fazem a nível profissional. A diferença entre travesti e crossdresser é que já não me é tão fácil de adivinhar pois pensei que era o mesmo, apenas uma era a palavra portuguesa e a outra a sua tradução para o inglês. Se, no caso dos drag queens ou transformistas, estou errada desculpem.

  3. Observador

    Eu sempre peço cautela a quem julga estar no corpo errado: primeiro que como atração que desperta ele tem que ser complementar ao que a outra pessoa busca! Me lembro que já adulto, 27 anos, que fui iniciado e quando ouvi do colega que queria me conhecer melhor, foi instintivo eu dizer que meu anus é “apertado” ao que ele num raciocínio lógico me disse que era algo a conversar nesse “conhecer melhor”! Felizmente éramos anatômicos para a conexão sexual ocorrer e namoramos 4 anos! Eu e meus irmãos temos memoria fetal de termos sido aguardados do gênero feminino e, antes de me tornar adolescente o pênis para mim nunca foi a “chamada” percepção de gênero e freneticamente (como em uma masturbacao) parecia eu querer “tira-lo” mas na adolescência dei a “ele” valor por mostrar por quem sinto atração! Ao longo do tempo, mesmo com pelos, voz grossa e ereção, nem os homens bissexuais deixaram de ficar excitados por um corpo digamos “tão viril” inclusive quando penetraram! Fica a experiência de um homem que foi jovem nos anos 80/90!

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